arte digital
Despedidas, até quando o novo abraço? Enlaço os braços
flutuando no espaço de curtos tempos! As horas não condizem com minhas
expectativas, seria então um mergulho no abismo da saudade? Quantos milésimos de
segundos sem o pensamento em você? Quantos questionamentos minha mente guarda.
Quieta. Um braço, dois braços, um aperto entre dois corpos que se procuram, mas
a cidade é grande e ao mesmo tempo existem estações, primavera, paraíso,
consolação! Desço do pedestal, dos sonhos fingidos e encaro a avenida do
inconsciente. É lá que meus pés tocam todas as folhas do outono. Braços. Respiro
o ar até não mais suportar e seguro suas mãos num voo infinito. Braços,
abraços, tempo e espaço. Descanso um pouco no conforto do vagão do trem, atemporal,
que me levará até você.